O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) desacelerou para 0,97% em março, ante a taxa de 1,06% registrada no mês anterior. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 8,73% em fevereiro para 8,90% em março.
Os dados divulgados nesta quarta-feira (5), pela Fundação Getúlio Vargas, apontam que, entre o segundo e o terceiro mês do ano (à exceção de Porto Alegre, que acelerou sua taxa de -4,71% para -1,67%), o aluguel residencial caiu em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Na avaliação do economista da FGV, Paulo Pichetti, a taxa do indicador acumulada nos últimos 12 meses mostra que os aluguéis residenciais estão recompondo os valores reais que tinham antes da pandemia, quando várias renegociações acabaram deixando os aluguéis mais baratos:
"Essa recomposição ainda deve durar um tempo, mas ela não representa uma perspectiva de aceleração do índice para o restante do ano. Na própria esteira da redução do IPCA, que se tornou um dos principais indexadores dos contratos de aluguel residencial, e da própria desaceleração do nível de atividade esperado para a economia brasileira, os reajustes de aluguéis, nos próximos meses, devem tender a uma estabilidade, e levá-los mais próximos para a taxa de inflação".
O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil.