A inflação pode fechar o ano em 4,95%, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central, que ouviu especialistas do mercado financeiro. Já são oito semanas seguidas de queda da projeção. Especialistas esperam também que o Copom, o Comitê de Política Monetária, comece a cortar os juros em agosto. A taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75%.
O economista César Bergo cita os combustíveis e o dólar como fatores que têm influenciado na redução da inflação.
A meta de inflação deste ano é de 3,25%, com uma tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.
Cesar Bergo defende um equilíbrio entre as políticas fiscal do governo e monetária do Banco Central para o país atingir a meta de inflação.
O economista William Baghdassarian acredita que o Copom deve reduzir a Selic e que é possível terminar o ano com a inflação dentro da tolerância da meta. Apesar do otimismo, também aponta a necessidade de políticas econômicas alinhadas.
Uma pesquisa da Febraban, a Federação Brasileira de Bancos, mostrou unanimidade na perspectiva de que o Copom comece a reduzir a Selic na próxima reunião do comitê, dias 1º e 2 de agosto.
O Boletim Focus prevê ainda para este ano um crescimento 2,19% da economia, o dólar a R$ 5 e a taxa Selic em 12%.