Dia decisivo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para os juros. O Copom deve anunciar hoje a redução da Selic, depois de um ano nesse patamar de 13,75%. A expectativa é uma diminuição de meio ponto percentual, mas o ministro, em entrevista para a EBC, foi além, disse que parte do mercado aposta numa queda ainda maior, de 0,75 ponto percentual.
Ele falou ainda no “freio de arrumação” dado pelo governo, nas condições atuais da economia, nesse primeiro semestre, especialmente a redução da inflação o que dá espaço para redução dos juros. Um choque de credibilidade após o surto inflacionário, enfrentado pelo país especialmente no ano passado.
E sobre Reforma Tributária, o ministro afirmou que ela, mesmo ainda no Congresso, já gerou perspectivas de investimento. Além disso, Haddad afirmou que uma outra questão que está sendo discutida no governo é a dos juros do cartão rotativo. A ideia é reduzir o percentual, que hoje passa de 400% ao ano.
Já sobre o Desenrola, o programa de renegociação de dívidas, o ministro fez um balanço: já foram quase R$ 3 bilhões em dívidas renegociadas até o momento. E esse valor pode chegar a R$ 50 bilhões até o fim do ano. Em setembro, o programa entra na fase de renegociação de dívidas de serviços, que são as lojas e as contas básicas, como água e luz.