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Educação

Governo vai incentivar gestão cívico-militar em mais de 200 escolas públicas no país

Forças Armadas
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Sayonara Moreno
05/09/2019 - 17:03
Brasília

Até 2023, mais de 200 escolas públicas de todo o país serão geridas junto com militares das Forças Armadas. Essa é a meta prevista pelo Programa Nacional de das Escolas Cívico-Militares, que vai destinar R$ 1 milhão por ano para as unidades que aderirem.

 

O decreto que cria o programa foi assinado nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, e foi elaborado em conjunto com Ministério da Educação e Ministério da Defesa. Para o presidente Jair Bolsonaro, presente na cerimônia, o modelo deveria ser obrigatório nas escolas, porque melhora a qualidade do ensino, devido à disciplina.

 

“Sem querer desmerecer ou dizer que as outras não dão certo; também dão certo. Mas há uma taxa muito maior nas militarizadas – porque têm disciplina. Vi que alguns bairros tiveram votação e não aceitaram. Me desculpa, não tem que aceitar, tem que impor”.

 

A prioridade é que o modelo seja implementado em escolas de regiões de vulnerabilidade social, já que, segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o objetivo é a melhoria do ambiente escolar e a redução dos índices de violência, repetência e abandono da escola.

 

“As crianças estão felizes, você tem um senso de coleguismo. Elas têm orgulho de ir para a escola, chegam disciplinadas, fazem fila, cantam. Você vê a cara das crianças. E o resultado das notas é muito acima da média”.

 

Segundo o MEC, a adesão é voluntária e cada estado ou município vai ter um prazo para indicar quais escolas devem receber a implementação. Em 2020 já começa o projeto piloto, e para isso, apenas duas unidades de cada estado podem ser indicadas, entre os dias 6 e 27 de setembro deste ano.

 

Como a adesão é voluntária, a orientação é que as secretarias de educação façam uma consulta pública para saber a opinião da comunidade escolar. O projeto vai ser em parceria com as Forças Armadas, já que militares devem fazer as atividades de disciplina e organização. Eles serão contratados para as escolas por um processo seletivo, e devem passar por treinamento, junto com os profissionais que já trabalham nas escolas.

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