Documento da Secretaria de Educação de Rondônia, que determinava o recolhimento de 42 livros, entre eles, clássicos da literatura brasileira, provocou reação entre entidades como OAB e Sindicato dos trabalhadores em Educação no Estado.
O Ministério Público Federal em Rondônia informou que deve abrir procedimento administrativo para investigar o caso.
A Ordem dos Advogados do Brasil considera que a lista representa censura e viola os princípios da Constituição; e vai encaminhar um ofício cobrando explicações da Secretaria.
O documento também foi duramente criticado pelos trabalhadores em Educação.
O Sindicato da categoria disse não entender o comportamento censurável por parte da Seduc em pedir recolhimento dessas obras nas escolas.
No entanto, a Secretaria afirma não haver mais ordem de recolhimento. Segundo a pasta, a Secretaria havia recebido uma denúncia de que nas bibliotecas de escolas estaduais havia livros paradidáticos com conteúdos inapropriados para o público-alvo, alunos do ensino médio.
Ainda de acordo com a Seduc, uma equipe técnica analisou as informações e constatou que os livros citados eram clássicos da Literatura Brasileira e, a partir desta constatação, o procedimento foi encerrado imediatamente.
A lista apresentava títulos como Macunaíma, de Mário de Andrade; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis; A vida como ela é, de Nelson Rodrigues; entre outros.