Governo do Rio e sindicato devem decidir sobre volta às aulas em 1 mês
Audiência de conciliação foi marcada para 1º de outubro
Publicado em 01/09/2020 - 18:48 Por Solimar Luz - Rio de Janeiro
Em audiência nesta terça-feira (1), o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Cláudio de Mello Tavares, decidiu por uma nova audiência de conciliação entre o SEPE, Sindicado Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, e o governo do estado, no processo referente à paralisação da categoria, chamada de “greve pela vida”. A nova audiência está marcada para o dia primeiro de outubro.
Para o coordenador-geral do Sepe, Gustavo Miranda, a decisão da Justiça de uma nova audiência para avaliar a situação da pandemia no estado, é um primeiro passo na tentativa de chegar a uma mediação entre os profissionais de ensino e o governo do estado do Rio, para que o roteiro às aulas presenciais possam acontecer de forma segura para alunos, professores e toda a comunidade.
E como forma de uma maior mobilização da categoria, até que haja uma deliberação final da Justiça sobre a possibilidade de retorno ou não das aulas presenciais no estado, o sindicato pretende manter a greve, como explica Gustavo Miranda.
De acordo com Gustavo, a “greve pela vida” é legitima. O coordenador-geral do SEPE ressalta que é dever do sindicato defender a vida dos professores.
No dia 19 de agosto, em uma edição extra do Diário Oficial do Estado, o governo do Rio publicou decreto determinando que as aulas presenciais na rede de ensino privada poderiam ser retomadas a partir do dia 14 de setembro.
Já na rede pública, inclusive nas unidades de ensino superior, o retorno ficou para o dia 5 de outubro. Conforme o decreto, a previsão da volta das atividades escolares presenciais valeria apenas para regiões que permaneçam em baixo risco de contaminação pela covid-19.
Em meio à possibilidade de retorno às aulas presenciais, profissionais da educação votaram pela greve pela vida. Após a decisão da categoria, o SEPE divulgou uma nota salientando que a greve “é o último recurso frente a possibilidade de reabertura de escolas e refeitórios em plena pandemia da covid-19. Na avaliação do sindicato, a medida ‘colocaria alunos, profissionais de educação e membros da comunidade escolar em risco de contágio, adoecimento e morte”.
Edição: Adrielen Alves