SP: prefeitura vai fazer busca ativa de alunos que deixaram a escola

Publicado em 03/09/2021 - 20:20 Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo

A cada dez estudantes da capital paulista, três não entregaram nenhuma atividade escolar ou apresentaram apenas partes das atividades no ano de 2020.

São mais de 300 mil estudantes que tem grandes chances de abandonar a escola. Número um pouco menor que o da população inteira de Palmas, capital do Tocantins. A maioria desses alunos está em situação de pobreza ou extrema pobreza.

A pandemia agravou o cenário de evasão escolar e, agora, a promessa da prefeitura é fazer a busca ativa das crianças e adolescentes que deixaram de frequentar as aulas.

O programa foi anunciado nessa sexta-feira e conta com o apoio do Unicef. A ideia é cruzar as informações dos estudantes nos bancos de dados das secretarias de saúde, educação e assistência social para tentar localizar os estudantes.

O Secretario de Educação do Município, Fernando Padula, diz que é um aprimoramento dos trabalhos de busca ativa que já vem sendo feito pelas escolas que já tentam retomar o contato com os estudantes.

O “Programa de Combate à Evasão Escolar na Rede Municipal”, como foi batizado vai contar também com o reforço de 70 mães de baixa renda contratadas pelo POT, o Programa Operação Empregos, que oferece um auxílio financeiro de pouco mais de R$1.000 reais por até seis meses para pessoas desempregadas. São elas que vão ficar responsáveis por visitar os estudantes em casa.

Mas Melissa Ribeiro Saraiva, mãe de alunos da rede pública e ativista do movimento “Famílias pela Vida”, que defende o direito a educação pública de qualidade, alerta que esse trabalho deveria ser feito por profissionais habilitados da chamada rede de apoio do município.

Fazem parte da rede de apoio profissionais como psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais que estão vinculados a serviços como o Centro para Crianças e Adolescentes e as Unidades Básicas de Saúde. Segundo o movimento Famílias pela Vida, desde que a prefeitura começou a transferir essas atividades para Organizações Sociais, a rede de apoio tem sido precarizada.

Edição: Roberto Piza / Beatriz Arcoverde

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