Superdotação: desafio é identificar pessoas com altas habilidades
Publicado em 10/08/2022 - 18:42 Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
O dia 10 de agosto é o dia Mundial da Superdotação. No Brasil, mais de 24 mil crianças foram identificadas como superdotadas. Mas esse número pode ser muito maior.
O Censo Escolar de 2020 indica que o Brasil tem 24.424 estudantes com altas habilidades.
Mas esse número pode ser muito maior. Estudos mostram que, em média, cerca de 5% da população mundial é superdotada.
Como o Brasil tem mais de 47 milhões de estudantes só na educação básica, o número de alunos com altas habilidades pode passar de 2,3 milhões.
Mas identificar essas pessoas é ainda um desafio. Sem abordagem adequada, as altas habilidades podem se transformar em super problemas. Michele Cousseau, especialista em altas habilidades e superdotação, sabe que isso é mais comum do que parece.
O professor de biologia Francisco Sales entrou para o universo da superdotação depois que seus dois filhos foram identificados com altas habilidades. Acabou se especializando no tema e hoje trabalha na área dedicada ao assunto na Secretaria de Educação do Distrito Federal. Ele participa de palestras sobre o assunto e lembra que o desenvolvimento das potencialidades também depende do contexto em que a pessoa está inserida e não só da capacidade individual.
O teste de quociente de inteligência, o QI, é um dos meios para identificar uma criança superdotada. Crianças com QI acima de 140 são consideradas superdotadas.
Segundo o Conselho Brasileiro para a Superdotação, testes psicométricos, inventários de características, observação do comportamento, entrevistas com a família e professores, assim como alguns testes informais também podem ajudar na identificação de pessoas com altas habilidades.
Edição: Roberto Piza / GT Passos