Márcio Guedes: a punição descabida ao tenista Novak Djokovic
Comentarista considerou eliminação do US Open exagerada
Publicado em 08/09/2020 - 14:24 Por Márcio Guedes - Rio de Janeiro
Cabe uma reflexão sobre a lamentável eliminação do sérvio (Novak) Djokovic no US Open de Tênis. Pela análise rigorosa do regulamento endossado pela Associação de Tenistas Profissionais, a punição de perda de todos os prêmios pelas vitórias anteriores e a sumária eliminação foi correta.
Ocorre que leis e regulamentos deveriam ser sempre analisados com um senso de justiça e bom-senso. Djokovic errou sem dúvida e merecia uma punição pecuniária e até perda de sets ou games na partida. Mas afastá-lo de forma definitiva da competição foi um despropósito.
Quem viu atentamente o lance percebeu que ele não teve intenção de acertar ninguém e estava de costas, sem ver a auxiliar de linha atingida. Pediu desculpas imediatas, ajudou a levantá-la e estava surpreso com incidente. Ora, se merecia uma punição essa certamente não seria a sua saída prematura do US Open.
Sem (Roger) Federer, (Rafael) Nadal e (Juan Martín del) Potro, ele, como número 1 do mundo, era franco favorito para o título. Agora, o torneio perdeu a sua maior estrela, o seu charme. Isso frustrou o público do mundo inteiro e tirou boa parte do interesse na competição.
Assim como também deveria ocorrer na vida social e política, leis devem ser feitas para distribuir justiça e ter a medida certa em cada caso. Não para punir sem critério com excesso e sem a devida análise individual. Djokovic errou, mas a sua eliminação foi um despropósito justificado por um regulamento idiota que não fez justiça e tirou o brilho de um grande evento.
Edição: Lana Cristina