A capital rondoniense, Porto Velho, nasceu, oficialmente, em 2 de outubro de 1914. Mas a criação da cidade aconteceu pelo menos sete anos antes, em 1907, durante a construção da Estrada de Ferro Madeira – Mamoré.
Nestes 100 anos, a cidade cresceu e se desenvolveu às custas dos recursos oferecidos pelo Rio Madeira, que margeia a cidade, como explica o professor de história da Universidade Federal de Rondônia, Marco Teixeira.
Há 73 anos morando em Porto Velho, a escritora Yêda Pinheiro Borzacov, natural de Guajará-Mirin, diz que resta pouca coisa da época da construção da cidade. E lamenta o péssimo estado da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, marco histórico do município. Mesmo assim ela comemora o centenário e se lembra da infância no bairro Caiarí, um dos mais antigos da cidade.
Já o servidor público Sáimon Rio, de 27 anos, diz que há pouco o que comemorar e critica a qualidade de vida na cidade. O historiador Marco Teixeira concorda que as obras das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau são responsáveis pelo crescimento desenfreado da cidade e projeta a preocupação para os próximos anos.
O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, reconhece a precariedade do saneamento básico na cidade, mas minimiza o impacto das hidrelétricas no dia-a-dia da cidade.
Segundo levantamento do IBGE, em 2007 o número de habitantes em Porto Velho não chegava a 370 mil pessoas. No censo de 2010 o número subiu para quase 429 mil pessoas. E agora em 2014 o Instituto estima que existam quase 500 mil moradores na cidade.





