Pesquisa aponta aumento da obesidade | em população de menor renda

A obesidade tem atingido cada vez mais as classes de menor renda. Em sete anos, a incidência do problema cresceu 5% em cada uma das três faixas: C, D e E. É o que mostra uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica.

Segundo o levantamento, 23% dos obesos são da classe C. Já na classe A, que apresenta o maior poder aquisitivo, o percentual cai para 16%. Para o responsável pela pesquisa, Luiz Berti, é preciso encarar os números como um problema de saúde pública. Segundo ele, apesar de a classe C ter aumentado a renda, a qualidade da alimentação é ruim.

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Em relação a dados gerais, o número de obesos no país cresceu quase 6,5% em 7 anos. A estimativa é de que 60 milhões de brasileiros estão acima do peso, sendo que 24 milhões sofrem com a obesidade. Para o médico Luiz Berti, governo e sociedade precisam olhar com mais atenção para essa doença que afeta cerca de 18% da população.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a obesidade é um fator de risco para outras doenças como hipertensão e diabetes.

A jornalista Rafaela Manzo sabe as consequências do sobrepeso. Ela chegou a pesar 122 quilos e após uma cirurgia bariátrica, ela emagreceu 50 quilos. Por causa da obesidade, Rafaela tem problemas no joelho e na coluna. Hoje, ela mudou os hábitos alimentares e pratica esportes. Para Rafaela, os efeitos na saúde e o preconceito são os piores reflexos.

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A pesquisa foi feita com mais de mil e duzentas pessoas nas cinco regiões do país entre outubro de 2013 e abril do ano passado. Foram coletadas informações como peso, altura e dados sociais.