Justiça vai investigar ação policial no | protesto de professores em Curitiba
Publicado em 30/04/2015 - 22:53 Por Gilberto Costa - Brasília
O Ministério Público do Estado do Paraná vai apurar a violência da Polícia Militar contra professores e manifestantes em ato de protesto contra a Reforma da Previdência de servidores públicos do Estado.
Pelo menos 170 manifestantes ficaram feridos na última quarta-feira (29). Desse total, 45 foram levados para prontos socorros e hospitais da região.
Os procuradores do estado admitiram em entrevista coletiva em Curitiba que a investigação poderá resultar em ação penal pública contra a cúpula da PM e da Secretaria de Segurança Pública.
Para um dos responsáveis pelo inquérito, o procurador Eliezer Gomes da Silva, a atuação da polícia foi anormal.
Segundo o comandante-geral da PM, Cesar Vinicius Kogut, a agressão partiu dos manifestantes que teriam ferido 20 policias.
O presidente do Sindicato dos Professores do Paraná, Hermes Leão, nega a versão do comando da polícia e diz que a repressão foi planejada.
Uma das manifestantes atingidas foi a estudante de psicologia Inaiara de Lima, de 23 anos. Por causa dos estilhaços de uma bomba lancada pela PM, ela teve que levar oito pontos na perna. Segundo a estudante, a polícia dificultou ate o atendimento dos feridos
Apesar dos protestos, a Reforma da Previdência a reforma transfere 30 mil servidores aposentados e beneficiários com mais de 73 anos do Fundo Financeiro para um novo Fundo de Previdência, desonerando o governo de uma despesa de cerca de R$ 125 milhões. Os educadores representam cerca de 70% dos contribuintes e beneficiários do fundo.
Os professores de escolas públicas e das universidades estaduais do Paraná continuam em greve. Uma assembleia dos docentes está prevista para a próxima terça-feira, dia 5 de maio, em Curitiba.