As mulheres recebem 24% a menos que os homens no mercado de trabalho. É o que mostra um relatório mundial das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.
Na Ásia Meridional, composta por países como Bangladesh, Índia e Paquistão, a diferença salarial chega a 33%. Já na América Latina e no Caribe, o que inclui o Brasil, os salários delas são 19% menores.
O levantamento também mostra que, em 2013, apenas metade das mulheres em idade ativa trabalhavam. Enquanto 70% dos homens estavam no mercado de trabalho. Além disso, elas fazem, em média, duas vezes mais trabalhos domésticos que eles.
A diretora regional da ONU Mulheres para a América Latina e o Caribe, Luiza Carvalho, alerta que os países devem repensar o papel feminino no desenvolvimento econômico.
O relatório destaca o Brasil na geração de trabalho decente, ou seja, remunerado e com direitos assegurados. Em oito anos, o país criou 17 milhões de novos postos de emprego, sendo mais de 10 milhões com carteira assinada.
Como solução para as desigualdades, o documento das Nações Unidas recomenda 10 medidas para garantir uma economia que assegure os direitos das mulheres. Entre as medidas, estão a criação de mais e melhores empregos para elas, a redistribuição do trabalho doméstico e a redução das diferenças salariais.





