Durante este período de cheia dos rios do Amazonas aumenta o risco de a população contrair algumas doenças. Entre elas a diarreia.
De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, foram quase 86 mil notificações da doença de janeiro a junho deste ano.
A Fundação ainda registra no mesmo período 142 casos de Hepatite A e outros 33 de leptospirose. Os números são inferiores ao que se verificou ano passado.
De acordo com o presidente da instituição, Bernardino Albuquerque, o número de casos das doenças aumenta durante a cheia porque a população fica mais vulnerável ao contato com material contaminado.
Sonora:" Neste período das grandes enchentes é exatamente uma exposição maior de material contaminante e aí não é só uma questão do material fecal. Até porque a grande maioria da nossa população não tem um esgotamento sanitário adequado. Então há uma mistura da água com este material. Então há também existe outra ocorrência como é a questão do lixo. Então a probabilidade de contaminação desta água realmente aumenta."
Bernardino Albuquerque destaca que são realizadas ações para combater as doenças. Entre elas a distribuição pelas secretarias municipais do hipoclorito de sódio, essencial para o tratamento da água destinada ao consumo. Foram distribuídos mais de um milhão de frascos do produto.
Outras medidas que devem ser adotadas são sensibilizar a população para o descarte correto do lixo e as práticas de higiene.
Casos de dengue também costumam aumentar neste período por causa da grande quantidade de chuvas.Foram registrados quase dois mil até junho.
Em 2014, foram mais de oito mil notificações. A redução, segundo a entidade, é resultado de campanhas educativas.
Bernardino destaca que ainda mais preocupante do que a cheia é a descida das águas. No período de vazantes os casos de malária costumam aumentar.
Em 2014 foram 31 mil. Este ano houve redução de quase 7%
Sonora" A medida que a água baixa, também este material contaminante tem uma concentração maior. A medida que ele tem uma concentração maior, nós ingerimos este material há uma probabilidade maior de infecção do que nas grandes cheias quando há um diluição deste material também."
Segundo a Defesa Civil do Amazonas, 46 municípios do estado permanecem em situação de emergência e dois em estado de calamidade pública. São eles Boca do Acre e Anamã. 460 mil famílias foram atingidas.