Os pacientes que sofrem com doença falciforme têm uma nova opção para tratamento. É que o transplante de células-tronco hematopoéticas entre parentes a partir da medula óssea, de sangue ou sangue de cordão umbilical para os pacientes com a doença, vai ser feito também através do SUS, o Sistema Único de Saúde. Sem esse transplante, os pacientes precisam ser medicados com morfina para suportarem a dor.
Estudos científicos demonstraram o aumento na sobrevida, em até dois anos, de 90% dos casos transplantados. A doença falciforme atinge principalmente a população negra e é umas das doenças hereditárias mais comuns no Brasil porque já nos primeiros anos de vida apresenta manifestações clínicas importantes.
Para o coordenador da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme (ABRADFAL), Elvis Silva, que é um transplantado, a decisão do Ministério da Saúde é uma questão de justiça social:
Sonora: "A gente estava aguardando essa portaria há cerca de 10 anos. Eu sou um dos pacientes que fizeram transplante e o movimento social estava brigando pela portaria. No ano passado, estivemos com o ministro da saúde, que abraçou a causa. É a realização de um sonho".
Estima-se que 25 a 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil, que apresenta alta morbidade e mortalidade precoce.
O tratamento tradicional é feito com vacinação e penicilina nos primeiros cinco anos de vida e também com medicamentos para a dor, e em alguns casos, transfusões de sangue de rotina.