A Organização mundial de Saúde declara que o leite materno é indispensável pelo menos até os seis meses de vida do bebê.
Com base nessa recomendação, a legislação trabalhista brasileira determina que, no local de trabalho, toda mãe tem direito a dois descansos especiais por dia, cada um de meia hora, para ordenhar o próprio leite ou amamentar, até que a criança complete seis meses de idade.
Apesar de as salas de amamentação não serem obrigatórias, algumas empresas adotam essa prática. É o caso do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com sede no Rio de Janeiro, que há seis anos mantém um local específico para isso.
A chefe do Departamento Médico da instituição, Ana Paula Mendonça, afirma que mais de 60% das mães em período de lactação já utilizaram o espaço. Ela conta que esse tipo de atenção é reconhecido pelas funcionárias.
E por falar em instituições públicas, a servidora Marcela Achcar tem o que comemorar: no Ministério da Saúde, onde trabalha, além da sala de amamentação, os servidores têm creche. Com isso, Marcela consegue alimentar sempre a pequena Sofia, de um ano e quatro meses. Ela conta que não abriria mão desse gesto de amor.
A coordenadora dos bancos de leite humano da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Miriam Santos, explica que em casos de ordenha, é melhor usar uma colherinha ou copinho do que a mamadeira.
A bancária Kelma Costa segue a recomendação da especialista e faz questão de coletar o leite e enviar para a creche do filho Davi, de seis meses.
Há cinco anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou normas técnicas e de higiene para a instalação de salas de amamentação nas empresas interessadas. O local deve ter uma área de, pelo menos, 1,5 metro quadrado para cada poltrona de coleta e um ponto de água fria e lavatório - além de equipamentos, utensílios adequados e um ambiente tranquilo e acolhedor.





