Até o final deste ano, a Fiocruz deve dispor de uma unidade Caps AD. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas para atender aos moradores de Manguinhos. De acordo com o presidente da fundação, Carlos Gadelha, o projeto será implementado em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro e faz parte da política de integração da Fiocruz com a comunidade onde está instalada.
Gadelha disse ainda que o Caps também vai oferecer atendimento psicológico para os familiares e vítimas da violência na comunidade. O serviço é uma reivindicação de pessoas como Ana Paula Gomes de Oliveira, mãe do adolescente Jonathan, assassinado em maio de 2013.
O anúncio foi feito por Gadelha durante um ato organizado pelos funcionários em greve da Fiocruz para marcar os sete dias da morte de outro adolescente de Manguinhos, Cristian Andrade, baleado durante uma troca de tiros entre a polícia e traficantes. Maria Paula Bonato, que integra o comando de greve e também o Fórum Social de Manguinhos, acredita que a Fiocruz poderia também pressionar os governos locais para aperfeiçoarem as políticas públicas nas comunidades ao redor de sua sede.
Durante o ato, moradores criticaram as operações policiais realizadas na comunidade e também denunciaram humilhações cometidas por agentes da unidade de polícia pacificadora. A secretaria estadual de segurança pública e a coordenadoria das UPPs foram procuradas, mas não quiseram comentar.
