Liberação da pesca no Amazonas gera reação de lideranças

Publicado em 15/10/2015 - 22:20 Por Ariane Póvoa - Brasília

Cerca de 120 lideranças da pesca do estado do Amazonas se reúnem, na manhã desta sexta-feira (16), na sede da Assembleia Legislativa, em Manaus, para discutir medidas de repúdio à suspensão do período do defeso.

 

Na última sexta-feira, os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Meio Ambiente suspenderam, por 120 dias, o período de proibição da pesca em todo o país.

 

De acordo com o presidente da Federação dos Sindicatos de Pescadores e Pescadoras no Estado do Amazonas, Ronildo Nogueira, a decisão é lamentável. Segundo ele, a medida vai causar prejuízo irreparável ao meio ambiente, já que a pesca de espécies em extinção ficará liberada, justamente no período de desova. Ronildo Nogueira explica que as associações estão se mobilizando para que a decisão seja cancelada.

 

Sonora: “Nós estamos mobilizando sindicatos e associações de pesca porque nós não fomos ouvidos a respeito disso aí. A esperança é que a gente possa revogar ou que haja uma mudança nisso. O que nós entendemos é que o governo não tem interesse de pagar aquilo que é direito da gente”.

 

Segundo nota publicada na sexta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Kátia Abreu, a medida foi tomada para realização do recadastramento dos beneficiários do sistema e para a revisão das áreas de abrangência.

 

Na nota, a ministra informou que a suspensão não geraria prejuízo social para os pescadores, já que coincide com o fim do período de proibição da pesca. Mas, de acordo com o deputado estadual Dermilson Chagas, do PDT, do Amazonas, a ministra considerou apenas os estados do litoral do país.

 

Sonora: “Não considerou o estado do Amazonas. O seguro defeso nem começou no estado do Amazonas. Ela está confundindo. O litoral já fez o seguro defeso. A ideia é fazer um grande ato repudiando essa atitude, que ela é contrária ao pensamento dos verdadeiros pescadores porque eles não têm outra alternativa a não ser a pesca”.

 

O deputado explica ainda que a medida pode gerar um prejuízo de cerca de R$ 290 milhões para a economia do estado, já que com a suspensão do período do defeso, o seguro também ficaria suspenso, o que, segundo ele, prejudicaria quase 100 mil pescadores no Amazonas.

 

A assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura informou que a ministra Kátia Abreu está ciente das demandas e questionamentos, mas que, até o momento, não há informações sobre possíveis mudanças.

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