Descriminalizar as drogas não aumenta o número de usuários. Isso é o que afirmam os especialistas que se reuniram nesta segunda-feira (23) em debate promovido Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
De acordo com diretor de Articulação da Secretaria Nacional de Política Antidrogas, Leon Garcia, nos países que as drogas foram descriminalizadas, o consumo caiu e na América do Sul, além do Brasil, apenas as Guianas e o Suriname consideram o uso de entorpecentes um crime.
O coordenador nacional de luta contra as drogas de Portugal, João Goulão, defende que o Brasil comece a descriminalizar pelo crack.
Responsável por uma das mais elogiadas políticas antidrogas do mundo, João Goulão compartilhou a experiência portuguesa e afirmou que lá, após a descriminalização de todas as drogas, inclusive da heroína e da cocaína, o consumo caiu.
Em Portugal, a descriminalização das drogas ocorreu 14 anos atrás, mas isso não significa que pode-se consumir drogas livremente nas ruas ou liberação da venda. De acordo com Goulão, existe uma tabela de quantidades para diferenciar o tráfico do consumo. Acima de determinado limite, o caso é levado para a esfera criminal. Abaixo da quantidade da tabela, o usuário é encaminhado para um conselho ligado ao ministério da saúde português.