Além da microcelafalia, pesquisadores afirmam que o vírus Zika pode estar associado a outros danos cerebrais em bebês.
Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Joaquim Moreira Neto, na Paraíba, analisa o efeito do vírus transmitido para fetos durante a gestação.
A análise laboratorial comprovou a presença do vírus Zika em quatro bebês com alterações congênitas.
O médico chefe do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Amilcar Tanuri, diz que o tamanho da cabeça não é o único indicador do dano causado pelo vírus Zika.
Apesar dos indícios, o pesquisador Amilcar Tanuri diz que ainda é cedo para confirmar que o vírus Zika é a causa do surto de microcefalia no Brasil.
De acordo com o pesquisador, o próximo passo será estudar como o Zika agride o tecido cerebral.
O número de casos analisados ainda é pequeno. De oito fetos acompanhados durante a gestação, os pesquisadores conseguiram comprovar a presença do Zika em quatro deles e os outros quatro ainda estão sendo testados.
Dos quatro casos confirmados, dois bebês morreram 48 horas após o parto.





