Os estados da Amazônia Legal registraram 581 notificações de microcefalia entre 2015 e 2016. Em todo o país, são mais de quatro mil suspeitas. O Ministério da Saúde estuda a relação dessas ocorrências com a infecção pelo Zika vírus.
O Maranhão é o estado com o maior número de suspeitas na região. São 201 no acumulado de 2015 a 2016, com 143 sob investigação e 32 casos confirmados.
De acordo com a Secretaria de Saúde do estado, dos casos em investigação, 54 mães tiveram sintomas do Zika vírus em algum período da gestação.
Pará, Rondônia e Mato Grosso também têm casos confirmados de microcefalia associada ao Zika.
O Amapá é o único da região sem notificações da malformação.
A partir dessa quarta-feira (9) o Ministério da Saúde passou a adotar novos parâmetros para medir o perímetro cefálico e identificar casos suspeitos da malformação.
Para menino, a medida será igual ou inferior a 31,9 cm e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm.
As alterações, segundo a pasta, estão de acordo com a recomendação anunciada recentemente pela Organização Mundial de Saúde, e têm como objetivo padronizar as referências para todos os países. As medidas serão aplicadas em bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.
Quando o surto de microcefalia começou, em outubro do ano passado, o Ministério da Saúde adotou a medida de 33 cm para o perímetro cefálico. Em dezembro de 2015, após o andamento das primeiras investigações, o padrão foi reduzido para 32 cm.
