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Seca em Pernambuco é cada vez mais crítica

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Sumaia Vilela
30/03/2016 - 09:47
Recife

A partir de abril os moradores de quatro municípios do agreste de Pernambuco só vão receber água de caminhões-pipa, por causa do colapso de mais duas barragens da região.


O Sistema de Bitury e a barragem de Pedro Moura Júnior estão praticamente secos. A estiagem já dura cinco anos no semiárido.


A barragem Pedro Moura Júnior estava com menos de 0,5% de capacidade, e a de Bitury tinha cerca de 2% no dia 18 de março.


A previsão da Compesa, a Companhia Pernambucana de Saneamento, é gastar mais de R$ 500 mil por mês com os 70 caminhões-pipa enviados para Belo Jardim e entorno, que reúne as cidades de São Bento do Una, Sanharó e Tacaimbó.


Além das cidades da região de Belo Jardim, já são 11 municípios pernambucanos com a rede de distribuição de água completamente interrompida, sendo abastecidos somente por caminhões-pipa.


Outros 36 municípios estão com restrição de consumo por meio da rede, com rodízios, e usam parcialmente caminhões para atender a população.


A tendência da crise hídrica no agreste de Pernambuco é piorar, de acordo com o diretor regional do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo.


A principal barragem que abastece a região, Jucazinho, está com 1,25% de sua capacidade. A previsão da Compesa é que, se não chover o suficiente, o sistema só funcione até maio.


Já estão em funcionamento de 40 a 50 caminhões-pipa na região de Surubim, município onde está Jucazinho. Isso deve dobrar caso a barragem entre em colapso em maio, avalia a empresa.


Outras sete barragens de Pernambuco já estão praticamente secas por causa da estiagem.

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