Em cinco anos, o Brasil perdeu mais de 23 mil e 500 leitos de internação hospitalar na rede pública do país.
Os dados levantados pelo Conselho Federal de Medicina apontam que entre dezembro de 2010 e dezembro 2015, o número de leitos de internação hospitalar para uso do SUS baixou de 335 mil para 312 mil.
As Regiões Sudeste e Nordeste foram as que mais perderam vagas nos hospitais. Só na Região Sudeste, em 5 anos , foram fechados 13 mil leitos de internação e, no Nordeste, quase 7 mil.
As especialidades mais afetadas, em escala nacional são a psiquiatria, a pediatria cirúrgica, obstetrícia e cirurgia geral.
Para o membro do Conselho Federal de Medicina, Hiran da Silva Gallo, hoje existe um subfinanciamento na saúde do país, que somado às falhas da gestão, trazem graves consequências aos brasileiros.
Os dados apurados pelo Conselho mostram também que apesar da alta 23% no número de leitos destinados a UTI, o setor ainda enfrenta dificuldades. Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 505 têm leitos de UTI.
O Sudeste concentra 54% dos leitos de unidades de terapia intensiva disponíveis no país. O Norte tem a menor proporção, com apenas 5% de todos os leitos.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que atualmente o Sistema Único de Saúde conta com mais de 491 mil e 500 leitos disponíveis em todo o Brasil, sendo mais de 338 mil exclusivamente públicos.
O texto diz ainda que no caso dos leitos públicos a redução se deve principalmente à Política Nacional de Saúde Mental que tem trabalhado na desospitalização e na redução dos leitos nessas unidades.
Ainda de acordo com a nota, a redução no número de leitos se deve também ao investimento que o Ministério da Saúde tem feito em novos e diferentes arranjos do modelo de atenção, como a ampliação de cirurgias ambulatoriais.