Quatro das seis grandes centrais sindicais brasileiras se reuniram com o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta quarta-feira (27). O governo interino pretende criar um grupo de trabalho com as centrais para debater a reforma trabalhista, o projeto de terceirização, entre outros temas.
O ministro do trabalho havia anunciado que a reforma trabalhista seria enviada ainda este ano ao Congresso, mas disse que o projeto pode ser adiado.
O presidente da Nova Central dos Trabalhadores, João Calixto, destacou que é preciso esperar o fim do impeachment para avançar nos debates e defendeu a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Os principais pontos polêmicos da reforma são o projeto aprovado na Câmara que prevê a terceirização de qualquer atividade e a medida que prevê que acordos coletivos entre trabalhadores e patrões podem valer mais que a legislação em vigor.
O presidente da União geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, elogiou o esforço do governo para abrir as negociações, mas criticou alguns pontos.
O ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, ressaltou que o objetivo é definir os artigos da legislação que poderiam ser revogados pelos acordos entre trabalhadores e patrões.
O convite do ministro aos sindicatos ocorreu um dia após as seis grandes Centrais do país se reunirem em São Paulo e criticarem mudanças nas leis trabalhistas.