Técnicos do Banco Central entraram em greve para pedir a modernização da carreira. A categoria quer mudanças no critério de acesso ao cargo de técnico, passando a exigir nível superior.
Atualmente, a exigência do posto é de que o candidato no concurso público tenha nível médio. Eles pedem a aprovação de um projeto de lei que prevê, além dessa alteração, reajuste salarial a servidores públicos de diversos órgãos, como Câmara dos Deputados, Tribunal de Contas da União e Advocacia-Geral da União.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central, Willekens Brasil, a greve é uma forma de forçar a aprovação da medida.
O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora está no Senado. Nesta terça-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos vai analisar o caso.
Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou a proposta que prevê reajuste salarial, mas separou do texto a parte que garante as mudanças na carreira de técnico do Banco Central.
A separação foi proposta pelo senador Ricardo Ferraço do PSDB. Ele pediu que esse dispositivo fosse votado separadamente, porque, na opinião dele, as atribuições do cargo não justificam a exigência de nível superior.
Ele explicou que a lei assegura que os técnicos devem exercer atividades técnicas e administrativas complementares ao trabalho dos analistas, além de atividades de suporte e apoio técnico.
E completou dizendo que a elevação do requisito de ingresso gera reflexos financeiros no futuro e restringe o acesso ao cargo para aqueles que não tenham nível superior.