Duas operações de resgate realizadas no Pará e no Tocantins conseguiram salvar a vida de 12 botos. A espécie, identificada em 2014 por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), é exclusiva da Bacia do Tocantins/Araguaia.
O primeiro resgate aconteceu próximo ao município de Floresta do Araguaia (PA). Três botos estavam encalhados no Rio Maria. De acordo com o Inpa, isso teria acontecido devido a seca do rio por causa da escassez de chuvas.
O Inpa não descarta a existência de um sistema clandestino de bombeamento de água do rio.
Entre os animais resgatados estava uma fêmea adulta debilitada e com marcas de tiros. Para retirar os botos do local foi necessário carregar os animais por cerca de 150 metros ao longo do leito seco do rio.
Depois, em um caminhão, os animais seguiram por uma hora e meia em estrada de barro.
O segundo resgato foi feito no Tocantins, no município de Lagoa da Confusão, cerca de 300 quilômetros do primeiro resgate.
A equipe saiu do Pará e precisou de sete horas para chegar ao local. Os nove botos estavam em um trecho do Rio Formoso, onde existem três bombas de captação de água para irrigação de fazendas de agricultura de larga escala.
A redução rápido do nível da água do rio teria feito com que os botos ficassem encalhados. O resgate foi feito após o desligamento, três dias antes, das bombas de irrigação.