Pacto da segurança recebe proposta de | mais investimentos, CPI e ações no Mercosul

Após quatro horas de reunião, o presidente da República Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, definiram propostas para a segurança pública nacional.

A ação envolve os três Poderes e o Ministério Público. Entre as propostas, está a previsão de mais investimentos para a construção de penitenciárias, compra de equipamentos e reforço nas polícias. Além disso, a ministra Cármen Lúcia sugeriu a criação de uma base de dados para unificar informações sobre a realidade criminal no país. Renan sugeriu a criação de uma CPI – comissão parlamentar de inquérito – para investigar a participação do crime organizado no financiamento das eleições.

Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, haverá integração de estados e municípios no pacto.

Jungmann acrescentou que também há propostas envolvendo temas como drogas, armas, fronteiras, crimes, processos e o Código Penal. E destacou outra sugestão que trata da implementação de acordos que permitem a detenção de criminosos fora das fronteiras do país, no âmbito do Mercosul.

Esse foi o primeiro encontro de todos os chefes dos Poderes após o mal-estar entre Renan Calheiros e Carmen Lúcia, nessa semana, quando eles discordaram sobre a atuação da Justiça ao determinar a prisão de policiais legislativos durante operação Métis da Polícia Federal no Senado.

Após o encontro desta sexta-feira, Renan afirmou que a reunião foi produtiva e indicou que a paz foi selada.

Também foi debatida na reunião a necessidade de cuidar da redução de assassinatos de policiais e, ao mesmo tempo, de homicídios que venham a ser cometidos por esses profissionais.