O cancelamento da visita aos presos do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, causou confusão entre familiares e policiais militares.
Mas, de acordo com boletim divulgado por volta das 13h desta quarta-feira (2) pelo governo do DF, a situação foi normalizada.
No começo da manhã, cerca de 250 pessoas - a maior parte mães e esposas - se reuniram em frente à Papuda para aguardar a entrada na unidade, mas foram informadas que, por motivos de segurança, não haveria visita.
O anúncio causou indignação. Alguns visitantes pegaram pedaços de pedras, de meio-fio, colocaram na pista que dá acesso ao complexo e entraram em conflito com os militares, que reagiram com spray de pimenta.
No início da semana, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF divulgou nota afirmando que, apesar da greve dos agentes penitenciários que começou há quase um mês, as visitas estariam liberadas nesta quarta (2) e quinta-feira (3).
Mas, no começo do manhã, a GDF divulgou uma nova nota informando o cancelamento. Quem foi ao local reclamou da falta de informação. Foi o caso de Lucineide da Silva, que chegou de madrugada para ver o filho.
De acordo com a presidente do Conselho das Famílias dos Presos do DF, Ângela Teixeira, após o anúncio de que haveria visita, muitas mulheres saíram de lugares distantes, algumas pegaram dois ônibus, outras caronas para chegar à Papuda.
Para ela, o GDF deveria ter informado, antes, que as entradas não seriam permitidas.
Em nota, o GDF informou que suspendeu as visitas para garantir a integridade de presos e familiares. O Serviço de Inteligência detectou riscos de os detentos fazerem reféns.
O governo do DF vai divulgar à noite se haverá visita nesta quinta-feira (3).




