Um estudo da Fiocruz constatou que 39,2% das grávidas infectadas com o vírus zika tiveram bebês que apresentaram alterações neurológicas e 7,2% das gestações não chegaram ao fim.
No total, são 46,4% de desfechos adversos. A chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Patrícia Brasil, uma das autoras do estudo, explica que dos 117 bebês expostos ao Zika, 49 tiveram algum tipo de alteração comprovada em exame clínico ou radiológico de imagem do cérebro.
O estudo mostrou também que o período de gestação em que a mãe teve Zika aumenta o risco de alteração neurológica no bebê. Entre as que tiveram a doença no primeiro trimestre, 55% registraram anomalias, enquanto entre as que tiveram nos últimos três meses a proporção cai para 29%.
Os casos de aborto espontâneo também ocorreram nas gestantes que tiveram Zika no primeiro trimestre da gravidez, bem como os dois casos de microcefalia desproporcional.