Publicado em 12/01/2017 - 19:21 Por Marcelo Brandão, da Agência Brasil - Manaus
Eu estive hoje (12) no comércio de rua da Avenida Marechal, aqui no centro de Manaus, e conversei com algumas pessoas, alguns comerciantes. Eles me disseram que de fato o movimento caiu. As pessoas estão comprando menos e saindo menos sozinhas. Falei com a Vanda, dona de uma barraquinha de camelô, ela disse que se sente insegura, e que tem voltado mais cedo pra casa,
Sonora: “Eu ia sete, sete e meia, né? Agora, vou às cinco e meia. As lojas estão fechando mais cedo, primeiro porque o movimento caiu. E outra porque é perigoso demais.”
Outras pessoas, no entanto, não mudaram a rotina. Mas também reconhecem que se semtem menos seguras depois das mortes no presídio e das fugas. Na porta do presídio, a realidade é outra, é bem mais dura. Pais, mães e esposas esperam pela hora de visitar seus parentes presos.
E não há uma previsão, segundo a própria Secretaria de Administração Penitenciária, não há prazo para que as visitas sejam retomadas. Hoje, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), era dia de visita e de entrega do que eles chamam de rancho, que é a comida que os parentes levam para os presos. E não havia previsão de que essa comida poderia ser levada. Então o clima é de muita preensão e tristeza na porta dos presídios.