A região do Juruá, no Acre, que abrange os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, fechou o mês de janeiro com mais de 2.100 casos de malária.
Este número representa mais que o dobro dos 3.700 casos registrados em todo o ano passado.
Historicamente, a região é endêmica, ou seja, as notificações da doença são comuns durante todo o ano. Segundo a gerente da Vigilância Epidemiológica do Estado, Eliane Alves, as chuvas rigorosas, no ano passado, contribuíram com o alastramento das infecções.
A gerente também destaca o atraso na entrega de medicamentos e inseticidas, o que atingiu diretamente o tratamento e o combate ao mosquito.
O fornecimento foi interrompido em outubro do ano passado e teve reinício em janeiro deste ano.
A malária tem cura, mas pode evoluir para suas formas mais graves em poucos dias, chegando à morte se não for tratada a tempo. É aí que mora mais um problema. Eliane Alves revela que muitos pacientes acabam desistindo do tratamento.
O Ministério da Saúde ainda não esclareceu à nossa reportagem sobre o atraso na entrega dos medicamentos contra a malária, mas a própria chefe da vigilância epidemiológica garantiu que o fornecimento deve ser regularizado até o final deste mês.