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Adriana Ancelmo passa a cumprir prisão domiciliar em apartamento no Rio

Calicute
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Nanna Pôssa
29/03/2017 - 22:11
Brasília

Recebida com vaias e protesto, a ex-primeira dama Adriana Ancelmo chegou nesta quarta-feira ao seu apartamento no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde vai cumprir prisão domiciliar. A mulher de Sérgio Cabral é acusada de fazer parte de esquema de desvio de dinheiro de verbas públicas.

 

Ela ficou presa preventivamente durante mais de três meses no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu e foi liberada pelo juiz federal Marcelo Bretas.

 

A medida chegou a ser cassada pelo Tribunal Regional Federal, mas a defesa conseguiu a prisão domiciliar no Superior Tribunal de Justiça.

 

Antes de ir para sua residência, Adriana Ancelmo teve que assinar um termo que vai cumprir todas as condições judiciais. Ela somente vai poder sair do aparamento em caso de necessidade médica. O imóvel não poderá ter comunicação por telefone ou por internet e Adriana somente poderá receber visitas de parentes ou advogados de defesa. Todos os celulares deverão ser deixados na portaria.

 

A decisão que concedeu a prisão domiciliar levou em consideração que os filhos do casal, de 11 e 14 anos de idade, estavam em casa, sem a presença dos pais, já que Sérgio Cabral também está preso desde novembro do ano passado. Desde março do ano passado, a legislação permite que nestes casos a prisão preventiva da mulher seja convertida em domiciliar.

 

A Defensora Pública Federal, Manoela Barros, espera que o benefício dado a Adriana Ancelmo ajude também aos filho de outras mulheres encarceradas.

 

O coordenador de defesa criminal da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Emanuel Queiroz, diz que muitas mulheres têm dificuldade de provar o direito a prisão domiciliar.

 

Levantamento realizado pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro mostra que, em um ano e três meses, dos 35 pedidos feitos pela instituição para que mulheres gestantes tenham prisão domiciliar, apenas 16 conseguiram o benefício.

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