A nadadora Joana Maranhão comentou a prisão do presidente afastado da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes.
Ele e outros suspeitos foram detidos nesta quinta-feira pela Operação Águas Claras, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A investigação apura o desvio de R$ 40 milhões, repassados à entidade nos últimos cinco anos pelo Ministério do Esportes.
Em entrevista à Rádio Nacional, Joana Maranhão disse que a prisão de Coaracy não foi uma surpresa, pois há anos ela vinha alertando sobre possíveis irregularidades na confederação.
Joana Maranhão foi finalista olímpica em 2004 em Atenas quando ficou em quinto lugar nos 400 metros medley, a melhor classificação de uma nadadora brasileira até hoje.
Ela se tornou símbolo também do combate aos crimes ligados à pedofilia após denunciar que foi abusada pelo seu treinador quando tinha 9 anos de idade.
Sobre o que espera a partir das investigações na confederação, a nadadora disse que há uma chance de mudança nas próximas eleições.
Além das prisões, também foram cumpridos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão aqui no Rio e em São Paulo. O advogado Marcelo Franklin criticou a medida.
As investigações começaram há pelo menos um ano na entidade, que congrega natação, pólo aquático, nado sincronizado e salto ornamental.
