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Municípios de Pernambuco avaliam prejuízos após chuvas; quase 45 mil pessoas foram afetadas

Defesa Civil
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Sumaia Vilela, da Agência Brasil
30/05/2017 - 07:19
Recife

Passado o período mais intenso de chuvas na Zona da Mata Sul e parte do Agreste de Pernambuco, os municípios afetados deram início à recuperação das cidades. E os prejuízos são muitos: de comunidades isoladas à destruição de casas, comércios e prédios públicos.


Contando com a cidade de Caruaru, são 15 municípios em estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo do Estado. O número de desalojados e desabrigados é de quase 45 mil pessoas.

 

No município de Ribeirão, das 30 escolas existentes, 22 foram danificadas. Muitas das que sobraram estão sendo utilizadas para colocar famílias que precisaram sair de casa. Além disso, 28 acessos à zona rural estão obstruídos, deixando comunidades isoladas, segundo o secretário de Infraestrutura do município, Flávio Henrique.


Sonora: “O governo estadual já disponibilizou bombeiros, enviou kits com colchões, alimentação, agasalho. O que estamos precisando, na verdade, são recursos financeiros para fazer as obras.”


Em Rio Formoso, onde foi registrado o maior volume de chuva no fim de semana, um dos maiores prejuízos foi a destruição do hospital e maternidade municipal. Equipamentos, vacinas, sala de cirurgia, tudo foi perdido. A parte do prédio que estava em obras foi danificada.

 

O governo estadual quer instalar na cidade um hospital de campanha das Forças Armadas para prestar atendimento de emergência à população.

 

Em Palmares, uma das cidades que mais sofreu com a última grande cheia de Pernambuco, em 2010, a enchente foi considerada pelo prefeito Altair Júnior como de média proporção. Mesmo assim, a chuva deixou mais de 10 mil desalojados e mil desabrigados. O estrago só não foi maior por causa da construção da barragem de Serro Azul, no Rio Una.

 

Sonora: “Serro Azul, no começo da semana, tinha 7 milhões de metros armazenados. Hoje está com 80 milhões de metros cúbicos. Então, se não tivesse a barragem de Serro Azul, Palmares tinha saído do mapa."

 

A Serro Azul é a única das cinco barragens prometidas, desde a cheia a 2010, que foi efetivamente construída. As outras estão com as obras paradas. No caso de Palmares, a inundação ocorreu depois do reservatório de Serro Azul, por causa de dois afluentes que seriam contidos pelas barragens não construídas. O secretário estadual de Planejamento, Márcio Steffani, afirmou que o motivo foi a falta de recursos federais.


Sonora: “Desde 2015, o governador já encaminhou vários ofícios, já despachou várias vezes em Brasília solicitando.”


Já a versão federal, do Ministério da Integração Nacional, é que havia falhas nos projetos de duas das barragens, e, por isso, o Estado devolveu recursos já disponibilizados pela União. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, vai a Brasília nesta terça-feira (30) em busca de apoio federal para enfrentar os estragos provocados pela chuva. 

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