Publicado em 18/08/2017 - 07:00 Por Apresentação Carmen Lúcia - Brasília
O regime racista praticado na África do Sul na década 1960, além de trazer prejuízo social ao país, trouxe outras perdas, inclusive para o esporte.
No dia 18 de agosto de 1964, por causa do regime de Apartheid, a África do Sul foi banida dos Jogos Olímpicos, pelo COI – Comitê Olímpico Internacional. O afastamento prejudicou a carreira de muitos atletas sul-africanos, que graças à punição não puderam disputar grandes competições mundiais.
Três anos antes de ser banida pelo COI – ainda durante o período em que o racismo era oficial no país –, eles já haviam sido banidos dos jogos pela FIFA. E a seleção sul-africana não pode participar de nenhum campeonato internacional de futebol.
Para se ter uma ideia do prejuízo que o esporte sofreu, basta analisar, por exemplo, que o futebol existe no país desde o século XIX. Por causa do racismo não havia, na década de 1960, uma seleção unificada: brancos e negros possuíam os próprios times, seleções e associações.
Durante 28 anos, os sul-africanos ficaram de fora das Olimpíadas. O país só voltou a disputar em 1992, em Barcelona, depois de a política de segregação racial ter sido extinta no país. O sistema só foi oficialmente banido em 1990.
Para os sul-africanos, os Jogos Olímpicos de Barcelona foi um marco histórico. Duas atletas mostraram ao mundo que não era a cor da pele que as definiam.
Derartu Tulu, atleta negra, da Etiópia, disputou a maratona dos dez mil metros e venceu Elana Meyer, atleta branca, sul-africana.
Depois da prova, as duas corredoras se abraçaram e fizeram a volta Olímpica, juntas, para mostrar ao mundo que estava passando da hora de encerrar um longo período de discriminação e preconceito.
Derartu Tulu foi a primeira mulher negra da história a receber um prêmio Olímpico.
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