A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é alvo de mais uma ação policial que investiga desvio de verbas na instituição.
A Operação Torre de Marfim, deflagrada nesta quinta-feira (7), apura irregularidades na aplicação de verbas em projetos de pesquisa desenvolvidos por fundações de apoio à UFSC, nos anos de 2003 e 2004.
Agentes da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU) atuam juntos.
As investigações tiveram início em 2014, a partir de comunicação feita pelo gabinete da Reitoria da Universidade.
De acordo com informações da CGU, os investigadores encontraram indícios de contratações de serviços sem licitação prévia, pagamentos realizados a empresas pertencentes a gestores de projetos que estariam vinculadas a servidores da universidade ou das Fundações de Apoio e até mesmo pagamentos efetuados à empresas fantasmas.
Dois dos servidores investigados teriam movimentado cerca de R$ 300 milhões em contratos na coordenação de projetos e convênios, entre os anos de 2010 a 2017.
Também chamou atenção dos investigadores contrato em que servidor aposentado da universidade atuou como gestor de projetos e teve a própria empresa contratada por cerca de R$ 20 milhões, sem licitação.
Os investigados poderão responder por crime licitatório, peculato e lavagem de dinheiro, além de improbidade administrativa.
Estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, nas cidades catarineses de Florianópolis e Balneário Camboriú.
Em setembro a Polícia Federal deflagrou uma operação na mesma universidade, a Ouvidos Moucos, para investigar supostos desvios de recursos para cursos de Educação a Distância.
Na ocasião, foi preso o então reitor da universidade, Luiz Carlos Cancellier de Olivo. No mês passado, Cancellier foi encontrado morto em um shopping de Florianópolis.