Catadores temem futuro com fim do Lixão da Estrutural, mesmo com incentivos do GDF
Alice Gonzaga, Gardivânia Teixeira, Valdineide de Santos, Almerino Rodrigues conseguem sustentar suas famílias há décadas com a venda de materiais recicláveis que retiram do lixão da estrutural.
Alguns chegam a ganhar mais de R$ 4 mil por mês. Mas, a partir deste sábado (20), a vida de cada um deles poderá mudar com a desativação lixão da Estrutural, o segundo maior do mundo.
Para ganhar o sustento desses e outros trabalhadores, o governo do Distrito Federal (GDF) assinou 28 contratos com 22 cooperativas de catadores para que eles façam a coletiva seletiva em várias cidades e também a triagem do material reciclável.
O executivo local ainda alugou cinco galpões onde os catadores cooperados irão trabalhar. Eles vão ganhar ainda pela produção e também bolsa auxílio de R$ 360 pelo período de seis meses. O GDF vai pagar as cooperativas até 350 por tonelada triada.
Mas, mesmo com os incentivos do governo, os catadores Alice, Valdineide e Almerino temem o futuro e não pretendem ir para os galpões.
Eles dizem que os galpões ficam muito longe de casa e que não terão dinheiro para pagar a passagem de ônibus. Além disso, alguns dos catadores, contam, são idosos e não conseguiriam trabalhar tão longe de casa.