Governo do DF assina contratos com catadores para galpões de triagem de recicláveis
Oito cooperativas de catadores de material reciclável, que atualmente vivem dos resíduos encontrados no Lixão da Estrutural, assinaram contrato com o governo do Distrito Federal para trabalhar em cinco galpões de triagem alugados pelo GDF. O acordo é uma das medidas necessárias para acabar com o maior lixão da América Latina.
O governador Rodrigo Rollemberg garantiu que o fechamento do lixão está sendo feito com a inclusão produtiva dos catadores que dependem do local para viver.
O governo anunciou ainda a entrega de 800 equipamentos para os galpões de triagem, como balança eletrônicas, empilhadeiras e esteiras. Também foram assinados contratos com sete cooperativas de catadores para fazerem a coleta seletiva em dez regiões.
Catadores da Estrutural, no entanto, afirmam que a alternativa encontrada pelo governo está longe da ideal. O representante do Movimento Nacional de Catadores e membro de uma das cooperativas do lixão, Ronei Alves da Silva, lembra que o prometido foi a construção de 12 centrais de triagem, e não o aluguel dos espaços, além da implantação de uma coleta seletiva mais ampla.
Admitindo que a diminuição de resíduos entregues aos catadores será uma realidade, o GDF criou uma compensação financeira temporária. Os trabalhadores dos galpões vão ter direito 360 reais por mês, mais uma remuneração por tonelada de resíduos separados, que varia entre 250 reais a 350 reais.
Um contrato de capacitação profissional também foi assinado com o Senai e a Federação das Indústrias do Distrito Federal.