Até o fim da noite desta quinta-feira seis pessoas ficaram feridas durante grande operação da Polícia Militar na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro.
De acordo com a PM, dos feridos, três seriam criminosos, dois são policiais, um deles estava em estado grave, e um era morador da comunidade.
Eles foram socorridos para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, também na zona sul. Uma pessoa foi presa e foram apreendidos sete fuzis apreendidos, quatro pistolas e uma granada.
A PM informou que houve intenso confronto entre as equipes policiais e criminosos em diferentes pontos da comunidade. A base da UPP na Rocinha chegou a ser atingida por tiros.
Moradores relataram nas redes sociais que tiveram que ficar presos em casa para se proteger de balas perdidas. Postos de saúde tiveram que fechar. O tiroteio foi ouvido até em bairros mais distantes como o Jardim Botânico.
Na parte da tarde, algumas pessoas tentaram fechar a Av. Niemayer, uma das principais da região, e um ônibus foi incendiado, interditando completamente a via nos dois sentidos.
A ação contou com agentes de várias unidades da Corporação como o COE, Comando de Operações Especiais, Bope, Batalhão de Operações Especiais e Batalhão de Choque. Desde setembro a Rocinha conta com reforço de unidades da Polícia Militar em ações diárias.
No fim da noite de quinta-feira, a PM informou que a operação ainda estava em andamento.
A favela do Jacarezinho, na zona norte, também viveu um dia de tensão. Outra grande operação foi realizada, dessa vez, pela Polícia Civil.
A ONG Rio de Paz, filiada ao Departamento de Informações Públicas da ONU, que fica em uma das sete vias de acesso à comunidade, foi atingida por um tiro. Ninguém ficou ferido já que a sede estava vazia.
A intensa troca de tiros nas proximidades da estação de trem Jacarezinho afetou a circulação de uma das linhas da Central do Brasil, por quase duas horas.
Durante a operação a Polícia Civil prendeu o traficante Wellington de Souza Macedo, conhecido com Caolho.
Várias operações estão sendo realizadas na comunidade depois das mortes de dois agentes da polícia civil, ocorridas em agosto do ano passado e em janeiro deste ano.