O governo do Amapá decretou situação de emergência no arquipélago do Bailique, devido ao fenômeno de 'terras caídas' - uma erosão causada pelo fluxo das águas do rio e pelas fortes chuvas que transportam pedaços de solo.
Treze comunidades estão sendo afetadas pelas ocorrências.
Já foram atingidos quatro escolas; um posto de saúde; um posto da Companhia de Água e Esgoto do Amapá; 84 postes de energia que ameaçam cair; um quilômetro e meio de passarelas e 85 metros de pontes.
O governo anunciou a realização de audiência pública com as comunidades no próximo dia 10 para traçar ações contra os danos no local.
Devem ser apresentadas estratégias de remoção das residências às margens do rio; reestabelecimento dos serviços básicos como fornecimento de água tratada e distribuição de kits de tratamento de água domiciliar; distribuição de energia elétrica e recuperação de postes, entre outras demandas.
Na próxima semana, também haverá reunião com órgãos que possam contribuir com estratégias, como Ministério Público Federal e Ibama.
Na região, cerca de 700 pessoas são afetadas pelas 'terras caídas'.
Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá, da Secretaria de Meio Ambiente e do Instituto de Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial, realizaram projeções com dados da Base Cartográfica do Amapá.
A projeção indica um avanço de dez metros, por ano, na margem do rio Amazonas.