Fórum Alternativo Mundial da Água: Coordenadora denuncia o discurso da escassez
Recursos Hídricos
Publicado em 19/03/2018 - 20:16 Por Sayonara Moreno - Brasília
Movimentos sociais da América Latina e povos tradicionais brasileiros se reuniram, nesta segunda-feira, no FAMA, Fórum Alternativo Mundial da Água, em Brasília. No terceiro dia do evento, representantes participaram de debates e eventos culturais, que convergem para o tema “Água é um direito, não mercadoria”.
A coordenadora nacional do FAMA é Sônia Maranho, que faz parte do Movimento dos Atingidos por Barragens. Segundo ela, um dos principais objetivos do fórum alternativo é denunciar o discurso da escassez da água.
Como solução aos riscos de se privatizar a água, Sônia Maranho sinaliza que uma das propostas é a redistribuição do recurso hídrico, de forma justa.
Também participam do FAMA representantes de movimentos sociais, como os de mulheres, pastorais da terra, Movimento Sem Terra, povos indígenas, agricultores e quilombolas. O coordenador Executivo da APIB, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Alberto Terena, destaca a importância da demarcação e garantia dos direitos de povos tradicionais, para a preservação dos biomas e da água.
Um dos organizadores do FAMA, Thiago Ávila, explica que a agenda do evento foi pensada de forma colaborativa, em que todos os movimentos vão ser ouvidos, para o documento final do encontro, que vai citar acontecimentos como o de Barcarena e da barragem de Mariana e o acesso à água, pelas comunidades periféricas.
O Fórum Alternativo Mundial da Água acontece no Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília, até o dia Mundial da água, 22 de março. Todas as informações estão em FAMA2018.ORG ou nas redes sociais do evento.