Movimentos populares marcham em Brasília no último dia do Fórum Alternativo Mundial da Água
Fórum Alternativo Mundial da Água
Publicado em 22/03/2018 - 17:23 Por Juliana Cézar Nunes - Brasília
Cerca de 350 militantes organizados em movimentos populares estiveram na madrugada de hoje (22) no parque industrial da Coca-Cola, em Samambaia. Eles acusam a multinacional de explorar bens naturais do país, principalmente as águas.
Os muros da empresa foram pichados com palavras de ordem contra a privatização dos aquíferos para a produção de bebidas.
Participaram da ação integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens, do Levante Popular da Juventude, do Movimento dos Pequenos Agricultores e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Pela manhã, também ocorreu a Marcha em Defesa das Águas, que saiu do Parque da Cidade por volta das oito horas, em direção à sede da Rede Globo, na Asa Norte.
Algumas vias do parque e do eixo monumental foram interditadas pela Polícia Militar para a passagem da marcha, mas já estão liberadas.
Os manifestantes protestaram contra o que consideram ser uma cobertura jornalística favorável à privatização dos recursos hídricos no Brasil.
Entre os participantes da marcha estavam integrantes de movimentos indígenas, negros quilombolas, ambientalistas e feministas.
A organização da marcha calcula que cerca de 7 mil pessoas participaram do ato. Já a Polícia Militar estima 400 pessoas. Os manifestantes participam agora do encerramento do Fórum Alternativo Mundial da Água, em um ato inter-religioso no Parque da Cidade.
Outro lado:
*A Globo entende que protestar é um direito do cidadão, sempre que dentro da legalidade, e aproveita para reiterar que cobre os fatos com isenção e profissionalismo e que assim continuará a fazer o seu trabalho.
*A Brasal Refrigerantes confirma a manifestação de grupo ligado ao MST na manhã desta quinta-feira, dia 22, em sua fábrica de Taguatinga. O evento não deixou feridos e teve duração inferior a uma hora. A fábrica mantém suas atividades normalmente.
A Coca-Cola Brasil reitera que é mentira a acusação de que a companhia estaria negociando a privatização do Aquífero Guarani. Consideramos a água um recurso precioso para a vida e um direito universal para o desenvolvimento saudável de ecossistemas, comunidades, agricultura e comércio.