Familiares de Marielle Franco afirmaram que estão tranquilos com o andamento das investigações do assassinato da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes. Eles participaram na tarde desta segunda-feira de reunião com o chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa.
A reunião durou cerca de uma hora e meia e aconteceu na sede da Chefia da Polícia Civil, na lapa, região central do Rio. O pai, a mãe, a filha e a viúva de Marielle, além da viúva de Anderson, participaram do encontro.
A companheira de Marielle, a arquiteta Monica Benício, disse que a família saiu um pouco mais acalentada com as informações recebidas do chefe de Polícia e que confia no trabalho que está sendo feito. Segundo ela, a equipe é altamente qualificada e chegará ao resultado correto e justo para o crime.
O delegado Rivaldo Barbosa não quis dar um prazo para o inquérito ser concluído, mas disse que a investigação já entendeu grande parte do cenário do crime. Ele não deu detalhes das investigações e repetiu que elas continuam sob sigilo. O delegado ainda comentou a declaração do ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, de que a principal hipótese para a morte de Marielle é a atuacao de milícias.
O deputado Marcelo Freixo, também presente na reunião, foi mais enfático, afirmando que não cabe a nenhum ministro ou político falar sobre a linha de investigação de crimes. E ainda que qualquer conduta nesse sentido só atrapalha o trabalho policial.
O assassinato de Anderson e Marielle completou um mês no último sábado. Eles foram mortos no dia 14 de março, no bairro do Estácio, quando o carro em que estavam foi alvejado por treze tiros. Os assassinos seguiram o carro da Vereadora após ela sair de um evento com mulheres negras no bairro da Lapa, seu último compromisso político.