O Cremerj, Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, vai encaminhar ofício nesta quinta-feira (19) ao Conselho Federal de Medicina, com pedido de interdição ética do médico Denis César Barros Furtado, conhecido como Doutor Bumbum.
O profissional, que é alvo de sindicância instaurada pelo Cremerj, é acusado de realizar no próprio apartamento onde morava, o procedimento estético que causou a morte da bancária Lilian Calixto de Lima Jamberci, no último sábado. Se o pedido for acatado, Denis ficará sem poder exercer a medicina até a conclusão do processo.
De acordo com o Cremerj, o médico não poderia atuar profissionalmente no Rio de Janeiro por falta de registro e além disso, ele não tinha capacitação para atuar como cirurgião plástico. Denis teve prisão temporária decretada pela Justiça e é considerado foragido.
A advogada Naiara Baldanza, que defende o médico, disse que ele pretende se entregar a polícia, mas não falou quando isso vai ocorrer e nem revelou o paradeiro dele. A advogada disse ainda que o Denis sofre de síndrome do pânico e entrou em uma crise aguda após a morte de Lílian, por esse motivo ele não teria se apresentado.
A mãe de Denis, Maria de Fátima Barros Furtado, que também é médica e teve o registro cassado pelo Cremerj em 2015, mas continuava atuando ilegalmente junto com o filho, também teve a prisão temporária decretada e está foragida.
Ambos foram indiciados por homicídio doloso duplamente qualificado e associação criminosa. Também são investigadas no caso e foram indiciadas pelos mesmos crimes, a secretária do médico, Renata Fernandes e a técnica de enfermagem Rosilane Pereira da Silva.
Renata foi presa em flagrante no último domingo (15), no momento em que recebia os pertences de Lilian que estavam com um taxista. Já Rosilane, teve a prisão requisitada pela Polícia Civil, mas o pedido foi negado pela Justiça e ela vai responder em liberdade.





