A população brasileira vai atingir 233 milhões de pessoas em 2047, mas este número vai começar a cair a partir de 2048. Entretanto, em 12 estados, a queda se dará antes mesmo deste ano.
Um dos principais motivos é o saldo de migrações negativo, ou seja, em dez desses estados, com exceção de Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, haverá mais saída do que entrada de pessoas. As informações constam na revisão da projeção de população divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.
O Instituto explica que o perfil migratório, combinado com a taxa de fecundidade de um estado, permite calcular o crescimento populacional. Nesse sentido, Piauí e Bahia se destacam tanto por quedas na taxa de fecundidade, quanto por perderem população para outros estados.
Já o Rio Grande do Sul, embora não apresente queda de fecundidade, tem um grande movimento de saída de população. Os três estados devem ser os primeiros a apresentarem redução de população.
Os estados com saldo migratório positivo, ou seja, os que mais receberão pessoas na projeção para 2030 serão São Paulo, Goiás e Santa Catarina.
Os dados mostram ainda que em relação a troca migratória internacional, ou seja, o balanço entre a saída de brasileiros para o exterior e a chegada de estrangeiros no Brasil tende a saldos próximos a zero até 2060, com exceção dos movimentos entre Brasil e Venezuela.
De acordo com o IBGE, a análise do fluxo entre Brasil e Venezuela, que impacta sobretudo o estado de Roraima, mostra que entre 2015 e 2022, o número de venezuelanos imigrantes no Brasil pode chegar 79 mil pessoas.
Mas a tendência é também um equilíbrio a partir de 2023, já que pesquisas com base nos pedidos de refúgio e residência temporária indicam que os venezuelanos pretendem retornar ao país de origem.




