A estudante de educação física Gabriela Nascimento Moraes, que teve o intestino perfurado ao se submeter a uma cirurgia de lipoaspiração, prestou depoimento nessa segunda-feira (6) no Hospital Federal Cardoso Fontes, onde está internada.
Ela foi ouvida durante três horas pela delegada Raíssa Telles, titular da delegacia de Icaraí, em Niterói, responsável pelo caso. Gabriela passou pelo procedimento no último dia 10 de julho na clínica da médica Geysa Leal Corrêa, em Niterói, que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, não tem especialização para cirurgia estética.
De acordo com o advogado de Gabriela, Guilherme Frederico, no depoimento a estudante relatou como foi o procedimento e a conduta da médica após a queixa de fortes dores pela paciente, que voltou ao consultório de Geysa quatro vezes e, mesmo tomando os antibióticos e anti-inflamatórios receitados, não constatou melhora. Quando buscou atendimento no hospital, os médicos perceberam que o intestino dela estava perfurado. Gabriela foi operada às pressas, no dia 18 de julho, no Hospital Federal Cardoso Fontes.
Ainda segundo o advogado, foi necessária uma segunda intervenção cirúrgica, no último dia 30, que durou seis horas e terminou com a retirada de 20 centímetros do intestino.
Gabriela foi levada para o quarto na última quinta-feira (2). A estudante ainda não tem previsão de alta.
A médica Geysa Leal Corrêa já está sendo investigada pela morte da pedagoga Adriana Ferreira Pinto, de 41 anos, que morreu seis dias após uma lipoescultura realizada no último dia 16 de julho. Geysa responde a mais três processos por erro médico em procedimentos estéticos.
O marido da pedagoga disse que ela fez uma lipoaspiração no abdômen e um implante de gordura nos glúteos. Passou mal em casa, foi levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas já chegou sem vida.
*Com informações da Agência Brasil.