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No Pará, Eletronorte terá que investir R$10 milhões em comunidade indígena

Pará
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Maíra Heinen
11/08/2018 - 09:53
Brasília

Acordo firmado entre a Eletronorte e Ministério Público Federal no Pará prevê investimento de R$ 10 milhões para reparação de danos causados aos indígenas Assuriní, com a construção da usina hidrelétrica de Tucuruí.

 

O acordo foi homologado pela Justiça Federal no Pará nesta semana e o valor deve ser investido em cinco anos.

 

Segundo o MPF, desde a década de 1980, com a criação da hidrelétrica, o povo Assuriní enfrenta o aumento da população, que passou de 10 mil para 70 mil habitantes; a perda de conhecimento tradicional; redução da pesca e da variedade de peixes, desmatamento, aumento de casos de doenças sexualmente transmissíveis e o alcoolismo.

 

Desde 2011, o MPF cobrava na Justiça a reparação de impactos aos indígenas, apesar de compromissos feitos pela Eletronorte.

 


No próximo dia 30, haverá nova audiência de conciliação para a finalização do projeto. O acordo deve ser assinado no dia 18 de setembro durante audiência na Terra Indígena Trocará, do povo Assuriní.

 

Além da Eletronorte e do MPF, participam da elaboração do acordo integrantes da Funai, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará e lideranças indígenas.

 

Até o fechamento desta reportagem, a Eletronorte não havia respondido a reportagem sobre o acordo de reparação de danos aos índios Assuriní.

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