Viúva de Marielle diz que negocia medidas de proteção após ser ameaçada de morte
A viúva da vereadora Marielle Franco disse nesta segunda-feira (6) que foi ameaçada e que deve negociar medidas de proteção ainda nesta semana com a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
Mônica Benício prestou depoimento de quase 3 horas na Delegacia de Homicídios da Barra, na Zona Oeste da capital fluminense, aos investigadores que apuram a morte de Marielle.
Ela foi ouvida após a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos pedir para o Brasil adotar medidas cautelares a proteção dela. Após o depoimento, Mônica deu entrevista no lado de fora da delegacia e explicou por que não procurou as autoridades do Rio.
Monica também falou sobre as ameaças que recebeu. Em um dos casos ela foi seguida por um desconhecido de carro.
Em outra situação ela foi ameaçada verbalmente por outro homem também desconhecido.
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos informou que procurou Mônica em julho para apresentar informações sobre o acesso ao Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. O Governo do Rio não se pronunciou até o fechamento da reportagem.
Marielle foi assassinada a tiros no dia 14 de março junto com o motorista Anderson Gomes. Eleita vereadora pelo PSOL, Marielle exercia o primeiro mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e tinha forte atuação na área de defesa dos direitos humanos.
O crime está há quase 5 meses ainda sem solução e as investigações seguem em sigilo.




