Viva Maria: Pesquisadores do Museu Nacional reacendem esperança depois do reencontro com Luzia
Viva Maria
Publicado em 22/10/2018 - 08:56 Por Apresentação Mara Régia - Brasília
Sob o signo da luz que carrega no nome que recebeu de batismo, Luzia, o fóssil mais antigo já encontrado no continente americano, acabou de ser encontrado.
O anúncio foi feito na última sexta-feira pela direção do Museu Nacional para surpresa de todas as pessoas que há menos de dois meses choraram a morte de Luzia, no incêndio que consumiu grande parte da nossa memória.
Considerado uma das principais relíquias que a instituição guardava, o crânio ficava armazenado em uma caixa de metal, dentro de um armário. Essa caixa também foi encontrada parcialmente destruída. Mas cerca de 80% dos fragmentos encontrados já foram identificados.
A expectativa é de que o crânio seja quase totalmente reconstituído, mas a extensão dos danos e das perdas ainda precisará ser avaliada. Também foram encontradas outras partes de Luzia que o Museu Nacional guardava, incluindo um fêmur.
Certamente a reconstituição do crânio será um enorme quebra-cabeça para a equipe de arqueólogos do Museu Nacional, mas, de qualquer forma, neste momento, importa saber que estamos pouco a pouco nos reencontrando com a nossa história a partir de Luzia, a brasileira de 12 mil anos queimada no Museu Nacional.
E quem nos dá agora a dimensão desse resgate é Adriana Facina, historiadora e antropóloga, professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Seja muito bem-vinda, Adriana! Tudo bem?
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