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Chuva não atrapalhou; cerca de um milhão de paulistanos visitaram túmulos de familiares e amigos

São Paulo
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Eliane Gonçalves
02/11/2018 - 14:37
São Paulo

Na capital paulista, os 22 cemitérios municipais abriram as portas às 7 da manhã, com programação especial no dia de Finados.

 

Missas, cultos religiosos e apresentações de grupos de coral marcaram a data.

 

Segundo a prefeitura, eram esperados cerca de 1 milhão de visitantes.

 

Pessoas como Roseli que, mesmo com o tempo nublado e ameaça de chuva, levantou cedo para uma espécie de reencontro com a família.

 

Uma experiência nova para Mateus Ferreira, de 9 anos, que fez sua primeira visita ao cemitério no dia de Finados.

 

O avô do menino faleceu no começo do ano e por isso ele resolveu acompanhar os pais que mantém a tradição de visitar os túmulos de parentes e amigos.

 

Mas para a florista Helena Nogueira, casos como o de Mateus e a família estão cada vez mais raros.

 

Além de flores, velas e missas, nos cemitérios mais tradicionais de São Paulo, como o da Consolação, também foram programadas visitas guiadas ao longo do dia.

 

É que o local, fundado em 1858, guarda um dos principais acervos da chamada arte tumular do país.

 

Nos mausoléus é possível encontrar esculturas de Victor Brecheret, Leopoldo Silva ou do arquiteto Ramos de Azevedo. E também túmulos de famosos como a Marquesa de Santos, Tarsila do Amaral ou Mário de Andrade.

 

Já no extremo sul da cidade, no Jardim Ângela, aconteceu a caminhada pela vida e pela paz. As pessoas andaram até o cemitério São Luiz, para prestar homenagem às vítimas da violência, especialmente jovens e negros.

 

A marcha começou a ser feita há 23 anos, quando o Jardim Ângela ficou conhecido como o bairro mais violento do mundo.  De lá para cá os índices de violência melhoram muito, mas o tema continua preocupando  a comunidade.

 

Ao final da marcha, foi plantada uma árvore como símbolo da vida.

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