Chuva não atrapalhou; cerca de um milhão de paulistanos visitaram túmulos de familiares e amigos
Na capital paulista, os 22 cemitérios municipais abriram as portas às 7 da manhã, com programação especial no dia de Finados.
Missas, cultos religiosos e apresentações de grupos de coral marcaram a data.
Segundo a prefeitura, eram esperados cerca de 1 milhão de visitantes.
Pessoas como Roseli que, mesmo com o tempo nublado e ameaça de chuva, levantou cedo para uma espécie de reencontro com a família.
Uma experiência nova para Mateus Ferreira, de 9 anos, que fez sua primeira visita ao cemitério no dia de Finados.
O avô do menino faleceu no começo do ano e por isso ele resolveu acompanhar os pais que mantém a tradição de visitar os túmulos de parentes e amigos.
Mas para a florista Helena Nogueira, casos como o de Mateus e a família estão cada vez mais raros.
Além de flores, velas e missas, nos cemitérios mais tradicionais de São Paulo, como o da Consolação, também foram programadas visitas guiadas ao longo do dia.
É que o local, fundado em 1858, guarda um dos principais acervos da chamada arte tumular do país.
Nos mausoléus é possível encontrar esculturas de Victor Brecheret, Leopoldo Silva ou do arquiteto Ramos de Azevedo. E também túmulos de famosos como a Marquesa de Santos, Tarsila do Amaral ou Mário de Andrade.
Já no extremo sul da cidade, no Jardim Ângela, aconteceu a caminhada pela vida e pela paz. As pessoas andaram até o cemitério São Luiz, para prestar homenagem às vítimas da violência, especialmente jovens e negros.
A marcha começou a ser feita há 23 anos, quando o Jardim Ângela ficou conhecido como o bairro mais violento do mundo. De lá para cá os índices de violência melhoram muito, mas o tema continua preocupando a comunidade.
Ao final da marcha, foi plantada uma árvore como símbolo da vida.